quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Maratona de viagens do Salgueiro começa em Porto Alegre, onde o time enfrenta o Internacional pela Copa do Brasil

O Carcará é uma ave de rapina. Esse tipo de animal é conhecido por possuir asas largas e compridas, membros que ajudam o bicho a planar com eficiência, em grande altura e sem muito esforço. Voadores exímios da natureza, as rapinantes estão entre as 10 aves que migram as maiores distâncias. O Salgueiro, portanto, está realmente fazendo jus ao seu mascote. Até o fim da próxima semana, a equipe irá percorrer mais de 7 mil quilômetros – a maior parte em trajeto aéreo. Hoje, o time sertanejo faz uma escala em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, onde enfrenta o Internacional, às 19h30, pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil.

Uma parada às vésperas de outra viagem do elenco para outro lado do país. No próximo domingo, em Teresina, a equipe vai encarar o Parnahyba, numa partida que valerá vaga na próxima fase da Série D. Essa sequência de confrontos decisivos, no entanto, não assusta. Os sertanejos pensan em dar um passo de cada vez para alcançar os seus distintos objetivos. Sendo assim, o foco agora é o Inter. “No momento, estamos pensando apenas no Internacional. Desde segunda-feira, só trabalhamos de olho na Copa do Brasil. Só depois vamos pensar no Parnahyba, que também é muito importante para a gente”, declarou o técnico Marcelo Chamusca.

Na última terça-feira, o Carcará viajou de Salgueiro até Juazeiro do Norte, no Ceará, onde pegou um voo para o Recife. Na capital pernambucana, os jogadores treinaram, ontem, na Ilha do Retiro e decolaram à tarde para o Rio Grande do Sul, pegando estrada para Novo Hamburgo em seguida. Na cidade, ficarão concentrados até antes do jogo de hoje. Já na sexta-feira, está programada a viagem de Porto Alegre direto para Teresina, com parada em Guarulhos.

A idas e vindas para lugares extremos do Brasil preocupa. O comandante sabe que o vaivém dentro de ônibus e aviões pode atrapalhar o desempenho em campo. Porém, tenta minimizar os efeitos da maratona. “As viagens sempre são muito cansativas, ainda mais saindo de Salgueiro, que é uma cidade que não tem aeroporto. Eu prezo muito pelo sono dos jogadores, tento não viajar durante a noite para que os atletas possam dormir melhor e se manterem dispostos”, contou.

O fato é que o Salgueiro vive hoje a expectativa de jogar uma inédita oitava de final da Copa do Brasil. O favoritismo da equipe gaúcha é notório, colocando na mesa fatores como folha salarial, estrutura e elenco. Mas nada que abale um time de Série D que já eliminou dois adversários da elite no torneio: Vitória e Criciúma. “O favoritismo é todo deles. O Inter é um time grande, mas temos que tentar. Já conseguimos duas façanhas quando poucos acreditavam”, afirmou Chamusca. A partida de volta está marcada para a próxima quinta-feira, no Cornélio de Barros.

O time

Para enfrentar o Internacional, o treinador Marcelo Chamusca tem problemas. O primeiro é a ausência do zagueiro Ricardo Braz, suspenso. Aylton Alemão será o provável substituto. O meia Elvis também está fora por conta de um desconforto na coxa. Alexson deverá suprir a vaga. Além dele, Clebson também não joga porque já atuou nesta Copa do Brasil pelo Remo.

O adversário

O Internacional não vence há três jogos na Série A. Curiosamente, na sequência de empates com Atlético Paranaense, Botafogo e Atlético Mineiro, o uruguaio Diego Forlán não pôde atuar. Artilheiro do Colorado na temporada com 16 gols, ele estava a serviço da Celeste em um amistoso diante do Japão. O atacante voltará à equipe justamente hoje. Ontem, em preparação no Estádio do Vale, Dunga escalou o atacante entre os titulares, barrando o argentino Scocco.

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