segunda-feira, 13 de maio de 2013

Crise nos bastidores e problemas em campo levam o Sport ao 'tri-vice'

Conflitos entre dirigentes, maus resultados e torcida insatisfeita marcam o início da caminhada; Conquista do 2º turno foi o melhor momento do Leão.

Quando viu o time ser eliminado da Copa do Nordeste pelo Campinense, a diretoria do Sport teve uma certeza: o grupo precisava de ajustes. Certos de que atletas considerados caros como Hugo, Cicinho e Felipe Menezes não rendiam o esperado, o então vice-presidente de futebol, Milton Bivar anunciou que o clube faria dispensas. Ideia prontamente negada pelo presidente, Luciano Bivar, que fez questão de convocar uma coletiva para destacar o seu apoio irrestrito ao elenco. A divergência provocou o pedido de demissão de toda a diretoria de futebol e foi com a política abalada que o Rubro-negro iniciou o Pernambucano.
Com os bastidores em turbulência, o técnico Vadão sabia que precisava vencer para seguir no cargo. Porém, a estreia contra o Salgueiro deixou claro que a continuidade do treinador era inviável. Derrota para o Carcará por 2 a 1 e crise. Na sequência, duas vitórias para Serra Talhada e Central, mas o empate contra o Pesqueira, na Ilha do Retiro, eliminou as chances do técnico de permanecer na Ilha. Demissão e aposta em um nome que era unanimidade entre os torcedores: Sérgio Guedes.
Embalado pelo apoio da torcida, o treinador conseguiu ajustar o time. No entanto, o equilíbrio dentro de campo não conseguiu evitar algumas mazelas dos bastidores. Ainda insatisfeito por ser considerado dispensável, o meio-campo Hugo pediu para ser transferido para o Goiás. Para piorar, o treinador perdeu o atacante Roger, que quebrou um osso do pé direito.
Oportunidade para jovens talentos
Tentando repor as peças, o Sport investiu na política do bom e barato. No meio de campo, o jovem Lucas Lima, que chegou ao clube após uma passagem sem muitas oportunidades pelo Internacional, foi o escolhido para assumir a responsabilidade de ser o “maestro do time”. Já para o ataque, Mateus Lima, que veio como aposta, e Érico Júnior, das categorias de base, ganharam oportunidade.

Apesar de desconhecidos, os jogadores conseguiram ajudar o clube a conquistar o primeiro lugar do segundo turno. Mas, se nas quatro linhas o Sport parecia engrenar, nos bastidores a situação não era a mesma.
Insatisfeito pela reserva, o atacante Marcos Aurélio reclamou publicamente por não ter participado do primeiro jogo da semifinal contra o Ypiranga. Tentando minimizar o fato, Sérgio Guedes optou por colocá-lo entre os titulares e, para não provocar mais insatisfação, Felipe Menezes, que também não tinha espaço acabou sendo improvisado no ataque.
A tática deu certo contra a Máquina de Costura mas, quando encarou o Santa Cruz na final, o esquema com quatro jogadores ofensivos - Marcos Aurélio, Lucas Lima, Felipe Menezes e Felipe Azevedo - mostrou-se ineficiente. Com dois volantes, Sérgio Guedes deixou exposta a lateral direita. Cicinho não conseguia seguir o ritmo dos adversários e sofreu para compor o sistema defensivo.
Sem tempo para mudar e com poucas peças de reposição, Sérgio Guedes lamentou a postura do time após o primeiro jogo da final. Mesmo assim, manteve a confiança em uma reviravolta. Porém, como na Copa do Nordeste, o time não mostrou força suficiente e acabou sucumbindo dentro de casa, pela terceira vez consecutiva, diante o Santa Cruz.

 

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