Tricolor é eliminado com apenas 29% de aproveitamento, pior desempenho no torneio continental com a presença do capitão.
Rogério Ceni
pode ter encerrado de forma melancólica sua rica história na Taça
Libertadores. A goleada por 4 a 1 sofrida diante do Atlético-MG,
quarta-feira, em Belo Horizonte, deu ao São Paulo a pior campanha na
competição com a presença do goleiro no elenco. Por culpa dele e do
restante de um grupo que se mostrou pouco confiável desde a primeira
rodada, o Tricolor disse adeus ao sonho do quarto título logo nas
oitavas de final.
O São Paulo nunca havia tido campanha tão pífia com Ceni no banco ou em
campo. Foram apenas duas vitórias, um empate e cinco derrotas,
aproveitamento de 29%. Em 2007, o clube também acabou eliminado nas
oitavas, pelo Grêmio, mas com um rendimento um pouco melhor: quatro
vitórias, dois empates e duas derrotas - 58% dos pontos.
- Acho que é a pior (Libertadores) que eu participei, em termos de
números e no aspecto geral. Em raros momentos, como no último jogo da
fase classificatória e enquanto tivemos 11 jogadores contra o Atlético,
no Morumbi. Foram nossos bons momentos na competição. Não foi o São
Paulo que eu esperava - reconheceu.
Os números de Ceni na competição são impressionantes. Em nove edições
como titular (em 1992, 1993 e 1994 era reserva de Zetti), participou de
82 partidas, recorde entre jogadores brasileiros. Mais que isso, ainda é
o artilheiro do São Paulo no torneio, com 14 gols.
Por conta disso, o jogador não esconde a chateação com a queda precoce
em 2013. Pode ter sido também o último jogo dele pela Libertadores. Aos
40 anos, Ceni tem contrato com o Tricolor até dezembro e não esconde de
ninguém que pendurar as chuteiras é o caminho natural a ser seguido.
- Meu sentimento é o mesmo dos outros jogadores, de frustração. Temos
de ser realistas. O Atlético-MG é um time superior ao nosso. Ficamos
tristes, mas, se fomos analisar a realidade do jogo, não podemos dizer
que perdemos de uma forma injusta - analisou.
Com a queda diante do Galo, o São Paulo terá 17 dias sem partidas
oficiais. O time só volta a jogar na estreia no Campeonato Brasileiro,
dia 26 de abril, contra a Ponte Preta, em Campinas.
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