Atlético-MG, derrotado por 2 a 0, terá mais uma quarta-feira de fé e
emoção para dar volta por cima e chegar ao sonhado título da
Libertadores.
Como não acreditar nos milagres de Victor, no gigantismo de Leonardo
Silva, na liderança de Réver? Por que não crer na raça de Pierre, Josué e
Leandro Donizete, e na dedicação de Luan? Quem duvida da genialidade de
Ronaldinho, da alegria nas pernas de Bernard, do talento de Diego
Tardelli e do instinto artilheiro de Jô? É preciso acreditar na camiseta
da fé de Cuca, no grito, no choro e nas orações da Massa.
O Galo perdeu por 2 a 0. Saiu atrás do Olimpia na decisão da
Libertadores, com o baque de um gol a dez segundos do fim, em cobrança
de falta de Pittoni, aquele que atuou pelo Figueirense. A história do
time neste torneio, contra São Paulo, contra o pênalti do Tijuana,
contra a vantagem do Newell’s, mostra que é preciso, é um compromisso
acreditar no título.
Uma vitória do Atlético por dois gols de diferença levará a decisão
para a prorrogação. Qualquer uma: 2 a 0, 3 a 1, 4 a 2... Na final não há
o peso do gol marcado fora de casa. Se a equipe de Cuca abrir três ou
mais gols, comemora ao fim dos 90 minutos. O Olimpia jogará pelo empate
ou uma derrota por vantagem mínima.
No penúltimo capítulo dessa história de emoção pura, o Defensores del
Chaco pulsou. Não houve um paraguaio que não participasse do incrível
mosaico de 360 graus, que alertava: “El Rey quiere la 4ta”. Não é
preciso traduzir o desejo dos tricampeões.
Lutar, lutar, lutar... A torcida do Galo lutou bravamente. Minoria, se
fez ouvir no campo adversário. Cantou o hino e tudo que foi possível
contra mais de 30 mil vozes. Tem nada, não. Na próxima quarta-feira
serão mais de 60 mil no Mineirão, mas sem os laterais titulares Marcos
Rocha e Richarlyson, suspensos.
A atuação foi inferior ao que o Atlético pode mostrar. Será preciso
jogar mais na semana que vem. No último capítulo, o último ato, a última
cena. Os atleticanos não vão dormir bem pelos próximos sete dias. O que
são sete dias para quem guarda e ensaia o grito há tantos e tantos
anos?
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