Destaque do Brasil, Vanessa se diz feliz com apelido: 'Ela é fantástica'.
O apelido veio da série de dribles e gols com a camisa da seleção.
Eleita três vezes a melhor jogadora do mundo, Vanessa lidera o Brasil
nas quadras de futsal. Pelo talento, costuma ser comparada a Marta,
estrela do país nos gramados. O reconhecimento, porém, ainda não é o
mesmo. Ainda que o país seja tricampeão mundial, a craque espera que as
meninas um dia recebam a mesma atenção dos homens.
- Você vê que é uma modalidade um pouco carente, mas vê que está
evoluindo, com muitas jogadoras. São milhares de meninas que queriam
estar aqui e isso me deixa realizada. A gente precisa de mídia. Hoje,
infelizmente, as pessoas só se apaixonam pelo futebol feminino quando
assistem. Porque é um jogo de muita qualidade, com atletas fantásticas.
Ao ser chamada de Marta, Vanessa se diz feliz com a referência. Em
busca do mesmo reconhecimento, a ala faz elogios à craque dos gramados.
- Eu me sinto feliz. Sempre digo que são esportes parecidos, mas
distintos. São qualidades que você tem, diferentes, mas que você pode
adaptar ao outro. Eu me sinto completamente feliz porque a Marta é
fantástica, uma atleta que não tem comparação. E ouvir que eu sou a
Marta das quadras me deixa muito feliz.
Vanessa afirma que o futsal feminino tem tanta qualidade quanto o
masculino. A ala, que defende o Unochapecó, de Santa Catarina, diz que a
parte coletiva das meninas também se mostra forte.
- Qualidade não falta. Você vê atletas geniais que fazem jogadas
fantásticas. E o coletivo também funcionam muito bem. Hoje, no feminino,
há atletas que fazem a diferença, excepcionais, que conseguem tirar uma
jogada genial da cartola, mas também funcionamos como equipe.
O caminho até o estágio ideal, porém, ainda é longo. A jogadora pede
que as equipes femininas tenham mais jogos durante a temporada e uma
mídia mais presente.
- A gente também precisa participar de mais jogos para facilitar o
contato do público. Hoje, participamos dos Mundiais organizados pela
Fifa, já é um estágio maior. Hoje, como você vê que o futsal feminino é
mais carente, as empresas deixam de lado, pois não têm o retorno.
Precisamos de mais projetos, de mais equipes. Mas isso só acontece se
tivermos uma mídia. Os patrocinadores precisam de um retorno.
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