Jogadores que estiveram em campo no amistoso de novembro de 1999 confessam não ter muitas recordações do último duelo com a Fúria.
Faz tanto tempo que o Brasil não enfrenta a Espanha que até mesmo
alguns jogadores envolvidos no empate por 0 a 0, em amistoso no dia 13
de novembro de 1999, em Vigo, não se lembram do duelo. Em campo estavam
Cafu, Roberto Carlos, Emerson... mas nenhum deles tem recordação daquela
partida.
- Para ser sincero, eu não me lembro do jogo – admitiu Emerson.
- Lembro muito pouca coisa. Acho que foi um jogo truncado – arriscou Cafu.
- Só lembro que foi 0 a 0. Não tenho grandes lembranças – disse Roberto Carlos.
De quatro entrevistados pelo GLOBOESPORTE.COM, apenas um lembrou: o
ex-zagueiro Antônio Carlos Zago. Ele citou até mesmos jogadores que
estavam defendendo a Espanha, então dirigida por José Antonio Camacho – o
Brasil estava sob o comando de Candinho, já que Luxemburgo viajava com a
seleção olímpica.
- Foi um jogo que não teve muitas chances de gol. A Espanha tinha uma
seleção muito boa, com Guardiola, Raúl, Morientes... – declarou Zago.
Quase 14 anos depois do último confronto, Brasil e Espanha voltam a se
enfrentar neste domingo, às 19h, no estádio do Maracanã, no Rio de
Janeiro, pela final da Copa das Confederações. Muito embora os europeus
sejam considerados favoritos, os ex-jogadores, aqueles que duelaram com a
Espanha, em 1999, estão otimistas.
Dentro da Copa das Confederações, o Brasil só não é mais favorito do
que a Espanha porque eles ganharam a última Copa do Mundo. Fora isso,
não existe favoritismo para essa final. Embora pelo que eu tenha visto
no noticiário a Espanha está aproveitando as riquezas do Brasil, né –
declarou Emerson, lembrando as polêmicas vividas pela Espanha (roubo e
mulheres na concentração).
Capitão do penta, Cafu está incomodado com o fato de não acreditarem
que o Brasil possa vencer a Espanha e conquistar o tetra da Copa das
Confederações.
- Eu vi os jogos da Espanha na Copa das Confederações e está na hora de
a gente tirar esse favoritismo deles e colocar o Brasil no topo de
novo. Sem dúvida nenhuma essas quatro vitórias consecutivas mais os
resultados nos amistosos anteriores aumentaram a confiança da Seleção –
opinou o ex-lateral-direito.
Já para Antônio Carlos, que atualmente está em Florença, na Itália,
para um curso de treinadores, o fator torcida pode ser o diferencial.
Assim como Neymar.
- A Espanha é superior ao Brasil porque tem um time mais entrosado, uma
seleção campeã do mundo e da Europa. Mas nós jogamos em casa, com a
nossa torcida a favor. O clima deve nos ajudar e também nós temos o
Neymar, que está fazendo a diferença até agora – declarou Zago.
Apenas Roberto Carlos, que jogou muitos anos no espanhol Real Madrid,
não quis palpitar sobre o jogo. Disse apenas ter a certeza de que será
histórico.
- Tenho certeza que será um bom jogo, mas prefiro não arriscar um
palpite porque tenho grandes amigos dos dois lados – falou o
pentacampeão.
Confrontos históricos
Brasil e Espanha se encontraram apenas oito vezes na história do
futebol com suas seleções principais. E a vantagem é da equipe
sul-americana, com quatro vitórias. Houve ainda dois empates e dois
triunfos do time europeu. Cinco desses duelos, aliás, foram em disputas
de Copas do Mundo.
Em 1934, na Itália, a Espanha eliminou o Brasil com uma vitória por 3 a
1 nas oitavas de final. Em 1950, em casa, a Seleção goleou os espanhóis
por 6 a 1 no quadrangular final. Já em 1962, no Chile, triunfo verde e
amarelo por 2 a 1, na primeira fase. Em 78, na Argentina, empate por 0 a
0, também na fase inicial.
O último encontro das seleções em Mundiais foi na Copa do Mundo de
1986, no México. Na fase de grupos, o Brasil fez 1 a 0, gol de Sócrates.
Há ainda um outro confronto interessante a ser lembrado. Mas nas
categorias de base. Em 2003, no Mundial Sub-20, nos Emirados Árabes, o
Brasil venceu a Espanha na decisão e foi campeão. Daqueles times, o
goleiro Jefferson e o lateral Daniel Alves sobrevivem no Brasil. E
Iniesta brilha na Fúria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário