Em cobrança de escanteio do atacante para o volante, Seleção resolve
clássico de puro coração contra a Celeste, e agora espera adversário do
Rio.
Beijinho, beijinho, tchau, tchau! Quando era baixinho, Neymar
deve ter curtido o bordão de Xuxa. Agora, criança grande, moleque
arteiro, não o esqueceu. Beijinho pra você, Alvaro González! E tchau pra
vocês, Uruguai! Foram duas cobranças de escanteio nos minutos finais.
Na primeira, o beijo serviu como resposta à provocação do uruguaio. Na
segunda, o passe perfeito para o craque Paulinho serviu para aliviar o
peito de milhões de brasileiros: vitória por 2 a 1 sobre a Celeste no
Mineirão, na semifinal da Copa das Confederações.
O Brasil está na decisão. Superou a velocidade asiática do Japão, a
resistência latina do México, a disciplina tática europeia da Itália, e
agora passou por um Uruguai que tem tudo isso e mais um pouco. Tem raça,
história, respeito, Cavani, Suárez, Lugano... Mas o Brasil foi mais.
Talvez tenha sido menos time, mas foi maior nos braços de Julio César, mais decisivo no lançamento e na cabeçada de Paulinho, mais oportunista na inteligência de Fred, mais genial em Neymar.
Mais coração! Quem achou que seria fácil bater o Uruguai se enganou.
Muito mais do que a pressão colocada por Lugano no árbitro Enrique
Osses, a Celeste jogou no seu limite. Merece aplausos. Os últimos
minutos, com goleiro Muslera na área, tensão nas 57.483 pessoas que
foram ao Mineirão, provaram que este duelo é, sim, um dos maiores
clássicos do planeta.
Mas o Brasil está na final. Que nos perdoem os jogadores que terão pela
frente craques como Iniesta, Xavi e companhia, mas o mundo clama por um
duelo contra a Espanha. A Seleção jogará a final no próximo domingo, às
19h, no Maracanã, contra o vencedor do duelo entre La Roja e a Itália,
que se enfrentam na quinta-feira em Fortaleza. O Uruguai vai a Salvador
tentar o terceiro lugar diante de quem perder o clássico europeu.
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