Com sólida carreira como jogador de futebol e extensa
luta contra as drogas nos últimos anos, chegando a passar 13 meses
internado em uma clínica de reabilitação, Walter Casagrande expõe todos
esses aspectos em biografia que será lançada nesta segunda-feira, de
acordo com a revista Veja. Entre os destaques da obra estão
relatos do vício em cocaína e heroína, além da revelação de ter atuado
dopado em quatro jogos na Itália.
Casagrande e Seus Demônios (Globo Livros; 248 páginas)
foi escrito em parceria com Gilvan Ribeiro, editor de esportes do jornal
Diário de S. Paulo. O projeto começou há mais de dez anos, quando o
ex-jogador começou a contar sua história de vida a Marcelo Fromer,
guitarrista dos Titãs. Fromer morreu atropelado em 2001, e a ideia da
biografia só voltou oito anos mais tarde. Segundo Casagrande, a ideia de
expor seus momentos mais complicados ocorreu para que ninguém mais
fique perguntando sobre o assunto.
A obra relembra a infância de Casagrande, conta
bastidores do período no Corinthians e na Seleção Brasileira, da
Democracia Corintiana e a luta nas Diretas Já, entre outros aspectos.
Mas o grosso do relatado é a luta contra as drogas. Em passagem
divulgada pela Veja, Casagrande diz que, em seu período mais
sombrio, cheirava três carreiras de cocaína, injetava heroína, fumava
maconha e bebia meia garrafa de tequila em uma noite.
Casagrande conta sobre o susto da internação, após
acidente de carro, relata o cotidiano quase prisional da clínica e as
dificuldades para finalmente exorcizar demônios que ele de fato via pela
casa quando se drogava. Também fala sobre detalhes pessoais como a
relação com os pais, a ex-mulher e os filhos – uma das quatro overdoses
que teve foi na presença de um deles, por exemplo. Comentarista da Rede Globo, Casagrande agora leva vida regrada e tranquila, de acordo com a reportagem.
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